segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Falando sobre CAROL 2016(Mais ou Menos com Spoilers)


Fui surpreendido, dos filmes do Oscar, eu confesso que olhei pra Brooklyn e Carol e pensei, não é pra mim, vou deixar pra ver por ultimo, vi agora e me apaixonei, que filme maravilhoso! as personagens são extremamente cativantes, vc se pega torcendo para que as coisas deem certo para elas o tempo todo(acho isso essencial pra um bom romance) o ritmo é lento, mas não massante, na verdade é suave, dá uma sensação muito boa assistindo e isso também se deve a trilha sonora do filme que fica ao fundo o tempo todo, o que geralmente é ruim, mas aqui é feito tão bem, que se torna ótimo! ajuda a dar o ritmo do filme, meu único problema com filme foi exatamente sentir falta de que as personagens tivessem mais tempo juntas----
Achei que pra que elas ficassem juntas foi ok, mas o tempo que durou essa relação foi pouco tempo para que elas se tornassem tão apaixonadas, foi só uma viagem, e o filme não dá a entender que se passou muito tempo desde o acontecido, se eu não me engano, um mês! você realmente só compra esse romance, essa paixão pela atuação incrível das duas atrizes, Rooney Mara(Therese) e Cate Blanchett(Carol) e isso apenas com olhares!
Enfim, mas um filme ai guardado no acervo de filmes incríveis e inesquecíveis! um tema ótimo também, chega a ser angustiante o que acontece com a Carol em relação ao pre-conceito(ou o próprio conceito da época sobre pessoas do mesmo sexo se amarem) as consequências que atingem a vida dela, faz lembrar do filme o Jogo da Imitação(que eu não gosto muito, mas é um bom filme com Benedict Cumberbach) lá pelo fato dele ser Homossexual as pessoas o tinham como doente mental(inclusive era crime ser gay) e em Carol não é diferente, a guarda da filha do casal está em disputa e um dos argumentos do ex marido para que Carol não possa ficar com a filha é exatamente o fato de estar se relacionando com outra mulher, é chocante ver como as pessoas da época tratavam isso, ela precisou de um "terapeuta" para cuidar desse seu problema, inclusive esse é o argumento do advogado de defesa para que ela possa ficar com filha, o fato de estar "se tratando da sua doença". Nos faz refletir sobre essa questão como ela é hoje em dia, onde o pre conceito é mais velado, mas ainda é muito presente, pergunte a 10 pessoas o que elas acham sobre duas pessoas do mesmo sexo cuidarem de uma criança, seja dois homens ou duas mulheres, como um casal e voce verá que as coisas podem ter melhorado no sentido de os governos ocidentais acharem um absurdo esse tipo de pre conceito, mas o caminho é longo se tratando de mudar o pensamento das pessoas em geral(principalmente as religiosas). 

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Falando sobre STEVE JOBS 2016 (Mais ou menos com SPOILERS)



Falando sobre o novo filme biografia de Steve Jobs do diretor Danny Boyle, assisti com expectativas um pouco baixas, pensei que seria um filme bem parecido com o filme Jobs de 2013 só que com mais dinheiro de produção, mas não poderia estar mais enganado...

O Filme poderia muito bem ser uma peça de teatro, todos os atos se passam com praticamente os mesmos personagens e em torno de 3 apresentações de produtos "criados" por Jobs, coloco entre aspas porque na verdade ele não criou nada, ele só teve as ideias que forma executados por outras pessoas(não desmerecendo o fato de ter tido a ideia) e esse filme não se acovarda tentando esconder esse fato, de que o personagem titulo é realmente alguém detestável, com carater duvidoso, pouco sensível pra não dizer que falta humanidade quase por completo, voce sempre ouve coisas sobre Steve Jobs, mas esse filme mostra com detalhes, ai ja não sei o que foi real e o que foi licença poética, mas mostra um homem cuja unica preocupação é com o lado profissional e tudo a sua volta, família, companheiros de trabalho parecem ser irrelevantes pra ele. A relação com a filha foi o que mais mexeu comigo, se no filme de 2013 que eu citei tem pouquíssimas coisas pra não dizer que não quase nada, nesse é parte vital da trama, destaque pro ato final que me fez ir as lagrimas! os outros personagens com a qual ele se relaciona nessas apresentações são Woz(Wozniak) que foi o cara que esteve com ele bem lá no inicio e que criou de fato os produtos que fariam a Apple ser o que viriam a ser um dia e nunca teve o devido reconhecimento de Steve(o que é cobrado todo o filme e negado até o final...) a outra relação é com o personagem do Jeff Daniels que não me recordo o nome agora, mas pra encurtar é o cara que ficou conhecido por ter demitido Steve da propria Apple e o filme entra em detalhes do que aconteceu e isso ficou bem legal! algo que ficou obscuro no filme de 2013. A outra é a personagem da Kate Wislet(Joanna) uma escudeira que ficou com Steve em todas as ocasioes, 19 anos juntos como companheiros de trabalho ao que parece, ela é a unica pessoa que parece o fazer recuar, principalmente no terceiro ato quando Steve tem de tomar uma atitude, no caso adimitir que errou com a filha e a ex esposa por algo, Joanna o desafia e isso mexe com ele, e faz com finalmente tenha seu momento de redenção com sua filha


filme excepcional, acho que foi o primeiro filme desse tipo que eu assisti(se passar meio que no mesmo local, com os mesmos personagens em épocas diferentes e praticamente os mesmos conflitos, muito bem desenvolvidos diga se de passagem) teve Boyhood, mas é diferente, enfim me surpreendeu bastante! e já está ai entre os melhores do ano pra mim! Fantástico!